"Fere-me o barulho dos automóveis. Perdi o meu oxigênio e a minha vontade. Enquanto  a dor avança mais um quilómetro, eu fico e tu vais. Nesta noite de estrelas imóveis, o teu coração é alérgico a mim. Ainda bate em mim por engano, um milímetro atrás; respiro num congelador e não sairei jamais. Já não curarei a tua solidão quando a cidade dormir, não estarei para ouvir as tuas histórias tolas. Não é porque estás com medo de sentir, porque tu és alérgico a sonhar, e perdemos a cor, porque és alérgico ao amor… Estou andando nas tempestades, buscando um território neutro, onde eu não te escute. Onde aprenda a esquecer para não morrer, e não viver, assim, fora do lugar. Tu sabes, não vou cuidar dos teus passos, não posso defender-te de ti mesmo. Já não curarei a tua solidão quando a cidade dormir. E perdemos a cor, porque tu és alérgico ao amor."


- Anahí, Alérgico

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«Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente!»

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