Os dias...


Ultimamente sinto-me sem inspiração para nada, ou pelo menos, quase nada.
Os dias têm sido tão monótonos - o estudo passou a ser a minha maior companhia - e o meu tempo livre são os momentos em que fico colada na Internet à espera que o (P) se digne a dizer-me alguma coisa. Os verbos pensar, sentir, sofrer e escrever são jogados para o computador. O facto dele nunca mais voltar dói sempre, todos os dias. Dói tanto que todos os segundos se tornam insuportáveis e os dias facilmente se transformam em paisagens vagas. Dói de manhã, quando acordo do meu estado inconsciente e ao abrir os olhos entro na realidade - as fotografias dele continuam coladas no armário, não serei eu a tirá-las de lá, isso seria tentar guardar por uns momentos aquilo que mais amo e ao mesmo tempo mais me magoa - e agora? Levanto-me, tomo o meu duche matinal, o pequeno almoço...e a presença dele continua sempre comigo. Eu tento superar tudo isto, e é certo que dói sempre menos quando recebo o abraço dos meus amigos, quando eles me fazem sentir importante, quando me dão carinho...o carinho que um dia ele disse que precisava ter de mim...
Talvez se jogasse de uma vez tudo fora, tudo seria esquecido lentamente, tal como outras tantas vezes. Mas...desta vez sinto-me impotente para conseguir tirar esse trunfo da manga.  
Sinto que Nada vale a pena - não vale a pena escrever, não vale a pena saltar o muro, não vale a pena tentar chegar ao outro lado, apanhar aviões e levar na mão o meu coração como presente.
Quem pode dizer aonde vai a estrada?
Para onde vão os dias?
Só o tempo, tempo que nunca mais o trás de volta para mim.

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«Sonhos não morrem, apenas adormecem na alma da gente!»

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